Where no one has gone before ...
Muito difícil falar de ficção cientifica na TV sem mencionar Star Trek, ou Jornada nas estrelas como é mais conhecida no Brasil pelos velhacos de plantão (eu inclusa), e seu legado. Uma série que quebrou barrerias, preconceitos e se tornou um dos maiores ícones da cultura pop. Tudo começa com a série clássica, que depois gerou uma franquia com mais 6 séries que se passam no mesmo mundo em tempos e naves diferentes. Além dos filmes clássicos e do reboot encabeçado por J.J Abrams que reapresentou a franquia para um público atual.
A série foi criada por Gene Roddenberry e estreou na televisão americana em 1966, alcançando relativo sucesso, sendo cancelada 3 anos depois com um total de 79 episódios. Em seguida uma série animada deu continuidade as aventuras dos personagens, entretanto, foi com as reprises nos anos 70 que a série se tornou febre e permanece até hoje no imaginário popular como uma das mais populares obras de ficção científica.
Star Trek, conta as aventuras da nave Enterprise e sua tripulação em sua missão de 5 anos para explorar regiões desconhecidas. A série parte de um pressuposto que para mim é o diferencial desta história, neste universo alternativo o nosso planeta terra é unido e não tem mais guerras ou separação entre os povos, somos uma unidade, e portanto foi assim trabalhando em conjunto que a humanidade conseguiu explorar o espaço e cooperar com outros povos, já que tinha feito isso antes (genial). A série foi criada no meio da guerra fria e da corrida espacial ( o homem já havia ido ao espaço em 1961 com os Russos e em seguida com os Americanos). O mundo vivia um pessimismo, e Star trek quebra essas barreiras, começando pelos personagens.
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e tenho dito... |
O elenco principalmente no começo da série era muito rotativo, só a partir da segunda temporada que temos personagens fixos na série, mas o que nunca mudou foram nossos três protagonistas: O capitão da enterprise James T. Kirk interpretado por William Shatner, Dr. Leonard McCoy feito brilhantemente por DeForest Kelley e claro o símbolo máximo de toda a franquia o Mr. Spock do saudoso Leonard Nimoy ( recomendo muito o filme For the love of Spock que conta a história do ator e é dirigido pelo filho dele, tem na Netflix). A química entre os três é uma das coisas mais legais da série, pois são muito diferentes entre si, McCoy e Spock são opostos em tudo, um é coração e outro a pura razão, e temos Kirk, que está em um meio termo entre seus dois amigos.
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É isso ae... |
Contudo é no elenco de apoio que a série acerta, hoje se fala muito em representatividade, e nenhuma série representa melhor este conceito que Star Trek. Podemos começar com a Tenente Uhura (Nichelle Nichols) que é negra e responsável pelas comunicações da nave, isto no meio da luta contra a segregação racial nos EUA, a atriz já mencionou que sofria preconceito no set, mas foi aconselhada por Martin Luther King a não desistir, e protagonizou o primeiro beijo inter-racial da história da TV americana. Também temos um russo, Pavel Chekov (Walter Koenig) inimigos número 1 dos americanos naquele momento; e um japonês, Hikaru Sulu ( George Takei) uma coisa que não sabia e descobri assistindo um documentário sobre o ator, foi que os japoneses depois da segunda guerra mundial eram aglomerados em campos de concentração quando chegavam aos EUA ( sim, você não leu errado) até serem descartados de espionagem. Além deles, temos um dos meus personagens favoritos, Montgomery Scott (James Doohan), o Scotty, chefe de engenharia e escocês e outra personagem feminina incrível que é a ordenança Janice Rand (Grace Lee Whitney), que ficou pouco tempo na série mas que mora no meu coração.
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Tranquilidade de quem fala 1000 línguas e eu me achando com duas... |
Mesmo amando a série é logico que temos que reconhecer que os efeitos especiais eram simples e que para um público acostumado aos grandes espetáculos visuais de hoje em dia pode não querer dar uma chance a série. A força de Star Trek está nas histórias que ela conta, das mais bobas as mais profundas. Apesar de amar os filmes novos e o reboot da série, eu recomendo muito mais que se comece esta universo pela série clássica, vocês podem se surpreender com a qualidade narrativa e este elenco é algo que vale a pena dar uma chance. Além de ser um precursora para várias tecnologias que temos hoje em dia como celular, skype, tablets e até a videoconferência.
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"Star trek é chato, prefiro Star Wars" São coisas diferentes, estúpido. |
Depois do sucesso comercial de Star Wars em 1977, ficou claro que a porta para este gênero de filmes espacial tinha sido aberta e foi quando os produtores da série clássica resolveram fazer os filmes de Star Trek com este elenco original, ao todos foram 10 filmes, sendo o mais importante deles o incrível Star trek 2: A ira Khan.
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Essa cena... |
Aproveitem que a série está completa na Netflix e deem uma chance, vou listar alguns dos meus episódios favoritos para quem quiser dar uma chance ( a série não é tecnicamente contínua, a maioria dos episódios são histórias com começo meio e fim):
Mirror, Mirror ( um cláaaaaasico)
Where No Man Has Gone Before
The Enemy Within
Space Seed (aparece alguém muito importante neste episódio).
Amok Time (duas palavras: Pon Farr)
Fica aqui a recomendação do fundo do meu coração. Star Trek é um marco histórico e merece ser enaltecida. Aliás de uma vez por todas parem de comparar Star Trek e Star wars, uma não tem nada a ver com a outra, são coisas completamente diferentes cuja a única semelhança é o Star no nome.
Para finalizar como diz o filósofo:

Amoooooo Star Treck! Ahasô no post Vi!
ResponderExcluirEstou querendo assistir novamente essa clássica.
Obrigada pela dica e sinceridade, amei os gifs hahaha <3
Star Trek* (que demente!) hahahhahaha
ExcluirObrigado Mi. Eu tenho um vicio em gifs não vou negar rs
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