FICHA
TÉCNICA
Título:
Adeus China
Subtítulo: O ULTIMO BAILARINO DE MAO
Editora: FUNDAMENTO
Edição: 1
Ano: 2007
SINOPSE
Em um vilarejo extremamente pobre
do nordeste da China, um jovem camponês está sentado em sua velha e frágil
carteira escolar, mais interessado nos pássaros lá fora do que no 'Livro
Vermelho de Mao' e nas pobres palavras nele contidas. Naquele dia, porém, homens
estranhos chegam à escola - os delegados culturais de madame Mao. Estão à
procura de jovens camponeses que, depois de receberem a formação necessária,
possam tornar-se os fiéis guardiões da grande visão de Mao. O garoto observa um
dos colegas ser escolhido e levado para fora da sala. A professora hesita. Deve
ou não deve? Quase desiste. Mas, no último momento, toca no ombro do oficial e
aponta o garoto miúdo. 'Que tal ele?', ela pergunta. Em um único momento, a
possibilidade mais remota mudou de modo indescritível o curso da vida de um
garoto. Ele faria parte de algumas das maiores companhias de balé do mundo. Um
dia seria amigo do presidente e da primeira-dama, de astros do cinema e das
pessoas mais influentes dos Estados Unidos. Seria uma estrela - o último
bailarino de Mao, o queridinho do Ocidente. Esta é a história de Li Cunxin -
uma narrativa que poderia ter desaparecido, como as vidas de outros milhões de
camponeses, em meio à revolução e ao caos.
Fonte:
https://www.livrariacultura.com.br/p/livros/biografias/autobiografia/adeus-china-11012528
Adeus, China é um livro incrível publicado pela Editora Fundamento – nossa parceira neste ano de 2018 e em todos os outros assim esperamos rsrs – É um livro dividido em três partes: “Minha infância, Pequin e O Ocidente”.
Quando iniciei essa leitura, instantaneamente, lembrei-me de todas as histórias de superação que já ouvi e vivi nesses 24 anos e tentei recordar-me do exato momento em que suas vidas foram transformadas e realidades mudadas. E o mais interessante dessas memórias é que a gente nunca pensa que determinada oportunidade ou situação pode ser o momento em que tudo mudará para melhor, apenas dias, meses e anos depois de tal ocorrido é que olhamos para trás e percebemos o dia em que tomamos a decisão que fez toda a diferença.
Adeus, China é uma obra que fala sobre superação. Li Cuxin foi um menino nascido e educado na China do século
XX. Uma criança que nasceu em mundo onde privações, sacrifícios e fome faziam
parte da rotina de seu lar.
“Certa vez houve um período de
seca inclemente, e ninguém recebeu 1 iuane sequer durante o ano. A vila teve de
tomar dinheiro emprestado do governo de Qingdao e repassar às famílias para que
pudessem comprar alimentos. Levaram mais de dois anos para pagar o empréstimo.
Além disso foram obrigados a comer tudo o que se movesse – e algumas coisas imóveis
também. Não haver o que comer era uma situação freqüente.”
Li Cuxin
Li
nasceu na China comunista, que naquela época, estava sobre o domínio de Mao*
que reprimia o capitalismo de forma extrema. A comida e os remédios eram
racionados e a população sofria no meio de tanta repressão. E é em meio a tanta
dificuldade que a vida de Li toma um rumo diferente, ele é escolhido para
juntar-se a um grupo seleto de estudantes, escolhidos pelos representantes de
Mao, para estudar e aprender ballet. E a partir daí a dança o leva para lugares
que Li jamais imaginou estar e o apresentou a pessoas que ele provavelmente não
conheceria se sua vida não tivesse mudado.
“Eu
tinha quase 11 anos quando, certo dia, na escola, enquanto estávamos ocupados
memorizando algumas frases do chefe Mao, o diretor entrou na sala gelada
acompanhado de quatro pessoas com um ar distinto, todas usando jaquetas ao estilo
Mao e casacos com golas de pele sintética. (...) Enquanto cantávamos, os quatro
representantes percorriam as fileiras de carteiras. Eles selecionaram uma
menina de olhos grandes, dentes certinhos e rosto bonito. Passaram sem me notar
e já iam saindo, quando a professora Song, depois de certa hesitação, tocou no
ombro de um dos senhores de Pequim e
perguntou, apontando pra mim: - Que tal aquele ali? O representante de Pequin
olhou em minha direção. – Esta certo. Ele pode vir também – respondeu o senhor,
sem muito empenho, expressando-se em um perfeito dialeto mandarin.”
Li Cuxin.
Mao Tsé-Tung
Mao
Tsé-Tung foi um político, teórico, líder comunista e revolucionário chinês.
Liderou a Revolução Chinesa e foi o arquiteto e fundador da República Popular
da China, governando o país desde a sua criação em 1949 até sua morte em 1976.
Só
posso imaginar o que Li sentiu ao deixar sua família para trás e ir embora para
um lugar novo quando ainda era apenas uma criança de 11 anos. Com certeza ele
não cogitava aonde chegaria e que se transformaria em uma referencia mundial do
ballet. E que o momento de maior dificuldade para ele e sua família surgiria o
momento de maior oportunidade e honra.
Apesar
da extrema pobreza Li e sua família eram unidos. Viviam em uma casa estruturalmente
pequena, mas cheia de cuidado mútuo, carinho e dedicação que percebemos através
de seu texto. Relatos detalhados de seu relacionamento com seus pais, irmãos e
vizinhos podem ser apreciados através de uma escrita emocionante e cheia de
esmero.
Nessa
obra também podemos observar a organização da cultura chinesa. Os homens são os
alicerces da família e as mulheres cuidam dos afazeres domésticos e dos filhos.
A sociedade considerava como sendo abençoados os casais que concebiam filhos homens. Li tem
7 irmãos homens. As crenças em vários deuses,
rituais fúnebres e festas de ano novo faziam parte da comunidade a qual Li
nasceu.
Li Cunxin
Onde comprar?
https://www.saraiva.com.br/adeus-china-o-ultimo-bailarino-de-mao-1976078.html
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Fotografia por Milene Farias
Livro de cortesia da Editora Fundamento.
2 comentários. Clique aqui para comentar também!
Resenha super linda e sensível, Nati! Amei!
ResponderExcluirObrigada pela força!!
ExcluirObrigada por comentar! Assim que possível venho aqui para responder você. Beijos!